Melhor jogo da série Test Drive permite ao jogador correr em mais de 1.500 km reais de ruas e estradas Com 20 anos de carreira, a série Test Drive é um das mais antigas do gênero de jogos de corrida do mundo. Desde 1987, 13 versões do game já foram lançadas (sem contar as expansões) para vários sistemas diferentes. Entre os títulos, muitos foram considerados fracos; alguns medianos e poucos muito bons, como a versão Unlimited, testada por Informátic@ para Playstation 2, Playstation Portátil (PSP), PC e Xbox 360. Para o console da Microsoft e o computador, o título está acima da média, graças aos controles simples e fáceis, áudio de boa qualidade, imagens de encher os olhos e a possibilidade de direção dos carros offline e online praticamente ilimitada. Para as plataformas da Sony, a qualidade cai, especialmente porque as funções multiplayer, principal atrativo do jogo, foram simplificadas. Mas o game continua bom. Veja porque Unlimited pode ser considerado o melhor jogo da série Test Drive das últimas duas décadas.
Test Drive Unlimited (TDU) é basicamente um jogo de corrida tradicional, que mistura um pouco de simulação com o estilo arcade. Mas ele possui algumas diferenças essenciais em relação aos concorrentes. Uma delas está na maneira como o game é estruturado. Logo de cara o jogador nota que ele não vai correr em circuitos fechados, mas sim em pistas “no meio da rua”, literalmente. Os produtores recriaram, com muita perfeição, a ilha de Oahu, a terceira maior do Havaí e que abriga a capital Honolulu. Pode até parecer pequeno, mas os 1.545,34 km² da ilha estão lá, cheios morros, belas paisagens e, principalmente, de ruas, avenidas, caminhos de terra, estradas e auto-estradas. Para ir do sudeste ao noroeste da ilha, por exemplo, o jogador pode gastar de 30 a 50 minutos, dependendo do veículo e do caminho utilizados. Mas, caso o gamer prefira, ele pode acionar o mapa de todo o local e “pular” de um ponto a outro, sem a necessidade dirigir por uma longa distância. Porém, este deslocamento só pode acontecer entre pontos do mapa onde o jogador já esteve, ou seja, ele não pode ir de um lugar conhecido para um desconhecido.
Outra diferença de Test Drive Unlimited é que ele possui uma história, mesmo que pouco elaborada e muito superficial. Ela serve apenas de introdução para situar o gamer. O título começa em um aeroporto, onde o jogador poderá escolher o seu personagem que irá pegar um vôo para o Havaí. Esta opção não influencia em nada no controle dos veículos e no nível de dificuldade do jogo. Chegando à ilha, o próximo passo é alugar um carro e dirigir até a corretora de imóveis, onde o jogador deverá comprar uma casa ou um apartamento, gastando parte dos $ 200.000 que ele tem no bolso. Para não se perder, o personagem conta com a ajuda do sistema de navegação por satélite (GPS), que indica o caminho até o local. Em seguida chega uma das melhores partes: comprar um carro. Será possível adquirir apenas um modelo “básico” para os padrões do jogo com o dinheiro que sobrou da compra do imóvel. Duas sugestões interessantes são o Alfa Romeo 147 e o Audi TT.
Depois das compras, os desafios finalmente começam. Como todas as disputas acontecem em trechos reais da malha viária de Oahu, as possibilidades de corridas são quase ilimitadas. Além de poder rodar “numa boa” pela ilha, sem pressa e curtindo as belas paisagens, o jogador pode correr contra o tempo; contra outros adversários; bater pegas, dar caronas a modelos e mochileiros; entregar mercadorias; transportar veículos; correr “contra radares” e correr no modo “speed”, em que ele deve ultrapassar uma determinada velocidade em um local previamente escolhido. Mas nem tudo é tão fácil. A polícia do Havaí está sempre na cola do jogador fazê-lo andar dentro das leis da ilha.
Vencendo os desafios, o jogador recebe dois tipos de recompensa. O primeiro é o tradicional prêmio em dinheiro, que pode ser usado para comprar novos carros, motos, além de “tunar” o veículo, o deixando mais potente e com cores diferentes. O segundo tipo são cupons que podem ser trocados por camisas, calças, óculos e calçados para o personagem. O interessante é que o jogador precisa dirigir até uma concessionária, oficina mecânica ou lojas de roupas espalhadas pela ilha para poder “usufruir de suas conquistas”. Uma pena que o modo de personalização dos carros e motos seja tão fraco e com pouquíssimas opções.
Ao todo são mais de 90 veículos (carros e motos), de fabricantes famosos (Ferrari, Alfa Romeo, Audi, Aston Martin, Jaguar, Lamborghini, Ducati, entre outros.), disponíveis nas versões para Xbox 360 e PC. Para o PS2 e PSP, os modelos de duas rodas não estão disponíveis, nem a possibilidade de baixar novos automóveis, um dos atrativos mais bem-vindos do computador e do vídeo-game da Microsoft. Na parte gráfica, um trabalho decente foi feito para as plataformas da Sony, levando em consideração a limitação dos hardwares dos dois consoles. Test Drive Unlimited não supera a beleza de Gran Turismo, mas também não pode ser considerado um jogo feio. Já nas versões para Xbox 360 e PC, a história muda. O título roda em alta definição, cheio de detalhes dos veículos e da ilha de Oahu. Infelizmente, por uma questão de contrato com as marcas, os veículos pilotados pelo jogador não amassam, o que acontece apenas os carros comuns que rodam pela rua. Um ponto estranho do título é que não existem pessoas andando pela cidade; apenas carros, caminhões e motos. Além disso, faltaram mudanças climáticas, como chuva, neblina, além de poder dirigir à noite.
Correndo contra o mundo Aproveitando a onda atual dos mundos abertos dentro dos games, popularizadas por Grand Theft Auto III e inúmeros RPGs online, como World of Warcraft, em Test Drive Unlimited o jogador tem liberdade de explorar qualquer região da ilha havaiana de Oahu, seja jogando sozinho ou com outros gamers espalhados pelo mundo. De acordo com a produtora do jogo, TDU é um considerado o primeiro título do gênero Massively Open Online Racing (MOOR), uma espécie de MMOG (Massively Multiplayer Online Game - jogo online sem limite de número de jogadores) sobre rodas.
Não se trata exatamente de um MMOG, pois, mesmo com uma quantidade enorme de pessoas conectadas ao mesmo tempo, os jogadores são separados por pequenos grupos, para evitar que a conexão fique lenta ou instável. Além das corridas criadas pela produtora para as disputas online, o jogador pode chamar o adversário para um racha mano a mano apenas piscando os faróis do carro. Mas o mais legal do modo multiplayer é que o gamer pode inventar desafios, escolhendo qualquer trajetória e definindo as regras e os prêmios. Feito isso, a nova prova aparece para todos que estiverem conectados ao game. Mas, infelizmente, esta opção ficou de fora das versões de TDU para PS2 e PSP.
PS2 e PSP Gráficos 2 Jogabilidade 4 Som 4 Entretenimento 4
Xbox 360 Gráficos 4 Jogabilidade 4 Som 4 Entretenimento 5
PC Gráficos 4 Jogabilidade 4 Som 4 Entretenimento 5 Instalação 3
Configuração mínima: P4 2.4Ghz ou AMD Athlon 2800+; Windows 2000/XP; 512MB de RAM; placa aceleradora 3D com 256MB de RAM; DirectX 9.0c
Análise publicada no jornal Estado de Minas no dia 08/11/07 e no Portal Uai.
Outro aspecto que contribui para a criação de um ambiente de batalhas épico foi a adição de novas armas e veículos, todos muito bem-feitos e balanceados. Entre as mais de 16 armas disponíveis, destaques para o martelo Covenant, que cria uma onda de choque quando utilizado, e para o lança-chamas dos humanos, um item especial para acabar com os Floods. A nave Hornet e o quadriciclo Mongoose são as novidades entres os veículos. Mas a principal atração é o Scarab Convenant, uma espécie de aranha robô gigante que tem apenas um objetivo: matar os humanos, em especial Master Chief. Na primeira vez em que o inimigo aparece, vindo por cima de um prédio, o jogador leva um susto com o seu imenso tamanho. Enfrentá-lo, sem dúvida, é um dos momentos mais memoráveis de todo o game, e um dos mais divertidos e desafiadores em a toda história dos videogames.
Uma novidade interessante de Halo 3 é modo cinema. Como o próprio nome já diz, o jogador pode gravar os replays das partidas multiplayer e vê-los mais tarde, com a possibilidade de movimentação livre de câmera pelo cenário em modo normal, slow-motion e tudo o que se puder imaginar para observar o que aconteceu nos mínimos detalhes. Além disso, os vídeos podem ser editados pelo jogador e compartilhados on-line. Parece algo simples e sem graça, mas o modo funciona tão bem que os clipes garantem muitos momentos de diversão.
Se o modo multiplayer já era excelente em Halo 2, na terceira edição do jogo ele está ainda melhor. Jogando off-line, dois jogadores podem participar da campanha e até quatro podem se enfrentar com a tela da TV dividida. Já com os Xbox conectados em rede ou na Xbox Live, até quatro jogadores podem jogar a história do jogo em modo cooperativo e até 16 players podem se divertir simultaneamente entre os nove modos de disputa.
Ao todo são 11 mapas, que variam em tamanho e diversidade dos cenários. Num futuro próximo, mais mapas poderão ser baixados pela Live. Uma grande novidade do modo multiplayer é a Fornalha, que permite aos jogadores editar os mapas. Eles podem mudar armas, itens e veículos de lugar, entre outros pequenos ajustes, o que torna as disputas ainda mais equilibradas e divertidas.
Análise publicada no jornal Estado de Minas no dia 11/10/2007 e no Portal Uai.
Último jogo da trilogia, Halo 3 é uma aventura memorável, tanto para um jogador, quanto no modo multiplayer O maior sucesso da história do entretenimento eletrônico mundial. Parece exagero, mas assim pode ser definido Halo 3, jogo lançado no final de setembro para o Xbox 360, em 17 idiomas. Sua grandeza dentro e fora do videogame é notável. Para saciar a vontade dos jogadores, que, até o final de julho, haviam reservado mais de um milhão de cópias do título, cerca de 10 mil lojas nos Estados Unidos abriram suas portas à 0h01 no dia em que o jogo chegou às prateleiras. O resultado disso foi uma arrecadação recorde, superando grandes hits de Hollywood. Segundo números da Microsoft, Halo 3 arrecadou US$ 170 milhões nos EUA, apenas no dia do lançamento. O filme Homem-Aranha 3, o atual recordista de bilheteria no cinema, gerou "apenas" US$ 151 milhões na sua estréia em solo norte-americano. Analisando os números, o game já superou as expectativas comerciais. Mas será que Halo 3 é bom mesmo? Ou será que seu o estrondoso sucesso foi uma conseqüência dos mais de US$ 10 milhões investidos na campanha de marketing? Pensando nisso, testamos duas versões do jogo, a nacional, totalmente em português, e a americana. A única diferença entre elas é o idioma. Em relação às perguntas, a resposta é simples: Halo 3 é um épico virtual que deve ser experimentado por qualquer pessoa, amante ou não de jogos eletrônicos.
Halo é um game de tiro com visão em primeira pessoa, como os clássicos Doom e Quake. Os diferencias do jogo da Bungie são a ambientação, a jogabilidade simples e viciante e o modo multiplayer variado, divertido e praticamente ilimitado. O poder de processamento do Xbox 360 não foi utilizado para garantir um visual de cair o queixo, mas para levar o ritmo da ação a um novo patamar de qualidade.
A história não é nenhuma novidade. No ano de 2552, os humanos estão em guerra com uma civilização alienígena chamada Covenant. Este grupo de espécies guerreiras vê a humanidade como uma forma de heresia contra suas crenças. Eles acreditam estar predestinados a uma “Grande Jornada”, que pode ser alcançada ativando os Halos, uma série de inúmeras armas, em formato de anel do tamanho de planetas, espalhadas pela galáxia. A batalha já destruiu grande parte da raça humana, mas ainda restam forças de resistências, lideradas pelo Spartan 117, o Master Chief, personagem central do game e último integrante vivo do programa militar Spartan II, responsável por criar supersoldados.
O interessante é que a ativação dos Halos não levaria os Covenants à “Grande Jornada”, mas sim acabaria com toda a vida da galáxia. Na verdade as armas foram criadas para dizimar uma raça de parasitas cósmicos inteligentes conhecidos como Floods, que consomem tudo e transformam qualquer ser vivo em fantoches monstruosos. Em Halo 3, a guerra atingiu o seu ápice. Os Floods continuam a crescer em número e poder; os exércitos da Terra estão dispersos e fracos; e os Covenants ameaçam ativar o Halo, destruindo efetivamente toda a galáxia. Master Chief, pelo menos, ganha aliados: os alienígenas Elites. Juntos eles devem evitar a destruição dos planetas e dos poucos sobreviventes terrestres e exterminar definitivamente seus inimigos.
Dentro do game
A ambientação para isso é fantástica. A maioria dos fãs esperava uma evolução gráfica muito grande para o título. Mas ela não aconteceu. Porém, mesmo sem o nível de detalhamento encontrado em games como Gears of War e Bioshock, ambos para Xbox 360 e PC, o visual de Halo 3 consegue criar um clima épico e de ação quase ininterrupta. A diversidade nos cenários e o design dos personagens e veículos, todos bonitos e bem-feitos em alta definição, compensam qualquer limitação gráficas do jogo.
Apesar da aliança entre humanos e Elites estar em pequeno número, Master Chief quase sempre tem companheiros ao seu lado nos imensos campos de batalhas. Os personagens lutam juntos, gritam, conversam, passando ao jogador uma impressão extraordinária de imersão na história. A sensação de estar participando de uma batalha pela sobrevivência da humanidade cria um clima envolvente e divertido do começo ao fim de Halo 3. Pena que o jogo seja tão curto: cerca de sete horas, no modo campanha, jogando no nível normal.
Outro aspecto que aumenta ainda mais a sensação de estar dentro do game é a parte sonora. As músicas, orquestradas em sua maioria, entram nos momentos certos, criando um clima empolgante. Os efeitos sonoros também estão muito bons, mostrando o cuidado dos produtores para criar uma experiência auditiva excelente. Ainda sobre este aspecto, vale comentar algo raro para o mercado de games nacional. A versão de Halo 3 brasileira está toda dublada em português. Com exceção de alguns termos mal traduzidos, a qualidade está muito boa.
Avaliação Gráficos 5 Jogabilidade 5 Som 5 Entretenimento 5 Não recomendado para menores de 14 anos
Versões de Halo 3
Edição normal - R$ 179 "Apenas" o Game.
Edição Limitada - R$ 249 A edição limitada vem dentro de uma caixa especial de metal. Além do jogo, você também leva o "Bestarium", um guia das civilizações e cultura do mundo de Halo 3. O disco bônus contém uma ferramenta de calibragem para home-theaters de alta definição, o "Art Attack" com imagens conceituais e um tema exclusivo para o Dashboard do console, um mini-jogo baseado em Halo e diversos vídeos sobre a produção de Halo.
Edição Lendária - R$ 399 Esta versão numerada e limitada inclui um capacete Spartan Mjolnir Mark VI (do Master Cheif), além de um storyboard exclusivo e o mesmo DVD bônus incluso na edição limitada. Além disso, você leva também outro DVD extra com vídeos remasterizados em alta resolução das cenas de Halo e Halo 2. Para completar o pacote, está incluso também um guia digital de criaturas e da cultura de Halo 3, The Cortana Chronicles e episódios exclusivos de Machinima.
Análise publicada no jornal Estado de Minas no dia 11/10/2007 e no Portal Uai.
Com 20 anos de carreira, a série Test Drive é um das mais antigas do gênero de jogos de corrida do mundo. Desde 1987, 13 versões do game já foram lançadas (sem contar as expansões) para vários sistemas diferentes. Entre os títulos, muitos foram considerados fracos; alguns medianos e poucos muito bons, como a versão Unlimited, testada por Informátic@ para Playstation 2, Playstation Portátil (PSP), PC e Xbox 360. Para o console da Microsoft e o computador, o título está acima da média, graças aos controles simples e fáceis, áudio de boa qualidade, imagens de encher os olhos e a possibilidade de direção dos carros offline e online praticamente ilimitada. Para as plataformas da Sony, a qualidade cai, especialmente porque as funções multiplayer, principal atrativo do jogo, foram simplificadas. Mas o game continua bom. Veja porque Unlimited pode ser considerado o melhor jogo da série Test Drive das últimas duas décadas.
