quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Halo 3 - Épico virtual

Último jogo da trilogia, Halo 3 é uma aventura memorável, tanto para um jogador, quanto no modo multiplayer
O maior sucesso da história do entretenimento eletrônico mundial. Parece exagero, mas assim pode ser definido Halo 3, jogo lançado no final de setembro para o Xbox 360, em 17 idiomas. Sua grandeza dentro e fora do videogame é notável. Para saciar a vontade dos jogadores, que, até o final de julho, haviam reservado mais de um milhão de cópias do título, cerca de 10 mil lojas nos Estados Unidos abriram suas portas à 0h01 no dia em que o jogo chegou às prateleiras. O resultado disso foi uma arrecadação recorde, superando grandes hits de Hollywood. Segundo números da Microsoft, Halo 3 arrecadou US$ 170 milhões nos EUA, apenas no dia do lançamento. O filme Homem-Aranha 3, o atual recordista de bilheteria no cinema, gerou "apenas" US$ 151 milhões na sua estréia em solo norte-americano. Analisando os números, o game já superou as expectativas comerciais. Mas será que Halo 3 é bom mesmo? Ou será que seu o estrondoso sucesso foi uma conseqüência dos mais de US$ 10 milhões investidos na campanha de marketing? Pensando nisso, testamos duas versões do jogo, a nacional, totalmente em português, e a americana. A única diferença entre elas é o idioma. Em relação às perguntas, a resposta é simples: Halo 3 é um épico virtual que deve ser experimentado por qualquer pessoa, amante ou não de jogos eletrônicos.

Halo 3 - Novidades e muita diversão online

Halo é um game de tiro com visão em primeira pessoa, como os clássicos Doom e Quake. Os diferencias do jogo da Bungie são a ambientação, a jogabilidade simples e viciante e o modo multiplayer variado, divertido e praticamente ilimitado. O poder de processamento do Xbox 360 não foi utilizado para garantir um visual de cair o queixo, mas para levar o ritmo da ação a um novo patamar de qualidade.

A história não é nenhuma novidade. No ano de 2552, os humanos estão em guerra com uma civilização alienígena chamada Covenant. Este grupo de espécies guerreiras vê a humanidade como uma forma de heresia contra suas crenças. Eles acreditam estar predestinados a uma “Grande Jornada”, que pode ser alcançada ativando os Halos, uma série de inúmeras armas, em formato de anel do tamanho de planetas, espalhadas pela galáxia. A batalha já destruiu grande parte da raça humana, mas ainda restam forças de resistências, lideradas pelo Spartan 117, o Master Chief, personagem central do game e último integrante vivo do programa militar Spartan II, responsável por criar supersoldados.

O interessante é que a ativação dos Halos não levaria os Covenants à “Grande Jornada”, mas sim acabaria com toda a vida da galáxia. Na verdade as armas foram criadas para dizimar uma raça de parasitas cósmicos inteligentes conhecidos como Floods, que consomem tudo e transformam qualquer ser vivo em fantoches monstruosos. Em Halo 3, a guerra atingiu o seu ápice. Os Floods continuam a crescer em número e poder; os exércitos da Terra estão dispersos e fracos; e os Covenants ameaçam ativar o Halo, destruindo efetivamente toda a galáxia. Master Chief, pelo menos, ganha aliados: os alienígenas Elites. Juntos eles devem evitar a destruição dos planetas e dos poucos sobreviventes terrestres e exterminar definitivamente seus inimigos.

Dentro do game


A ambientação para isso é fantástica. A maioria dos fãs esperava uma evolução gráfica muito grande para o título. Mas ela não aconteceu. Porém, mesmo sem o nível de detalhamento encontrado em games como Gears of War e Bioshock, ambos para Xbox 360 e PC, o visual de Halo 3 consegue criar um clima épico e de ação quase ininterrupta. A diversidade nos cenários e o design dos personagens e veículos, todos bonitos e bem-feitos em alta definição, compensam qualquer limitação gráficas do jogo.

Apesar da aliança entre humanos e Elites estar em pequeno número, Master Chief quase sempre tem companheiros ao seu lado nos imensos campos de batalhas. Os personagens lutam juntos, gritam, conversam, passando ao jogador uma impressão extraordinária de imersão na história. A sensação de estar participando de uma batalha pela sobrevivência da humanidade cria um clima envolvente e divertido do começo ao fim de Halo 3. Pena que o jogo seja tão curto: cerca de sete horas, no modo campanha, jogando no nível normal.

Outro aspecto que aumenta ainda mais a sensação de estar dentro do game é a parte sonora. As músicas, orquestradas em sua maioria, entram nos momentos certos, criando um clima empolgante. Os efeitos sonoros também estão muito bons, mostrando o cuidado dos produtores para criar uma experiência auditiva excelente. Ainda sobre este aspecto, vale comentar algo raro para o mercado de games nacional. A versão de Halo 3 brasileira está toda dublada em português. Com exceção de alguns termos mal traduzidos, a qualidade está muito boa.

Avaliação
Gráficos 5
Jogabilidade 5
Som 5
Entretenimento 5
Não recomendado para menores de 14 anos

Versões de Halo 3

Edição normal - R$ 179
"Apenas" o Game.

Edição Limitada - R$ 249
A edição limitada vem dentro de uma caixa especial de metal. Além do jogo, você também leva o "Bestarium", um guia das civilizações e cultura do mundo de Halo 3. O disco bônus contém uma ferramenta de calibragem para home-theaters de alta definição, o "Art Attack" com imagens conceituais e um tema exclusivo para o Dashboard do console, um mini-jogo baseado em Halo e diversos vídeos sobre a produção de Halo.

Edição Lendária - R$ 399
Esta versão numerada e limitada inclui um capacete Spartan Mjolnir Mark VI (do Master Cheif), além de um storyboard exclusivo e o mesmo DVD bônus incluso na edição limitada. Além disso, você leva também outro DVD extra com vídeos remasterizados em alta resolução das cenas de Halo e Halo 2. Para completar o pacote, está incluso também um guia digital de criaturas e da cultura de Halo 3, The Cortana Chronicles e episódios exclusivos de Machinima.

Análise publicada no jornal Estado de Minas no dia 11/10/2007 e no Portal Uai.

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