
Em uma dessas partes, Moore fala sobre sua entrada na Microsoft. Ele disse que, ao se encontrar com Steve Ballmer antes de assumir o cargo, a discussão dos dois era sobre adquirir a rival Nintendo, mesmo sendo o principal objetivo aniquilar a Sony.
"Essas foram as conversações naqueles dias", disse Moore. "Foi uma clássica conversa de 'construa ou compre'. O Xbox foi lançado, mas era uma agressiva caixa preta para shooters, e como nós evoluiríamos isso, como contruiríamos o próximo Xbox, como iríamos atrás da Sony?"
Curiosamente, nem todos na Microsoft estavam satisfeitos com a entrada da companhia no ramos dos consoles. Embora a maioria tenha apoiado, Moore disse, "havia um minoria audível que descordava que os videogames eram uma fenômeno cultural - o conteúdo que estávamos criando - nós fizemos jogos para adultos, permitimos que GTA fosse publicado na plataforma e não tivemos problemas com isso..."
Apesar disso, nem todo conteúdo que a Microsoft buscava era para adultos. A companhia também colocou alguns de seus recursos em jogos como Viva Piñata, criado pelo estúdio Rare, adquirido da Nintendo. O jogo teve o apoio de um programa de televisão para crianças. No entanto, Moore confessou que nem jogo nem a compra da Rare foram recompensadores.
"Estávamos tentando todos os tipos de coisas clássicas da Rare, e infelizmente eu acho que a indústria ignorou a Rare", disse Moore. "É uma declaração forte, mas no que eles eram fortes, os novos consumidores não se importavam mais. E foi difícil porque eles estavam tentando com muito afinco - Chris e Tim Stamper ainda estavam lá - experimentando e recriando a glória dos anos da Rare, que é a razão para a Microsoft ter pago tanto dinheiro por ela, e eu gastei muito tempo pegando um trem para Twycross para me encontrar com eles. Grandes caras. Mas suas habilidades eram de um tempo e lugar diferentes e não se aplicavam mais no mercado de hoje".
Voltando ao primeiro grande momento de Moore na indústria, ele falou sobre o Sega Dreamcast, e como ele sofreu uma morte indigna menos de dois anos após o seu lançamento. "Nós tivemos 18 anos tremendos", disse ele. "O Dreamcast estava em chamas; realmente pensamos que conseguiríamos. Mas então recebemos uma meta do Japão - e eu não me lembro os números certos - mas tínhamos que fazer N centenas de milhões de dólares durante o Natal e enviarmos N milhões de unidades de hardware, de outra forma não poderíamos sustentar mais o negócio. Então, no dia 31 de janeiro de 2001, nós dissemos que a Sega estava abandonando o hardware. De alguma forma, eu tive que dar esse aviso, não os japoneses. Eu tive que demitir muitas pessoas; não foi um dia muito agradável". (tfoto: Joystiq / texto: Final Boss)
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